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UM NOVO FORMATO NA ECONOMIA

É necessário compreender que as empresas foram criadas em um ambiente de Economia Linear, com regras operacionais baseadas na extração agressiva de recursos, na maximização da produção (tirar o máximo de pessoas e máquinas), maximização do consumo e descarte inconseqüente de resíduos. O que acontecia antes e depois do processo industrial não era um problema do gestor. O lucro era uma conseqüência disto e os gestores eram avaliados pela competência em operar desta maneira.

Já a sustentabilidade exige que as empresas operem em um ambiente de Economia Circular, que se caracteriza pela extração eficiente de recursos, pela produção de mais com menos, pela reciclagem de resíduos, pelo consumo ético e "educado" e pela necessidade de assumir a responsabilidade por seus produtos e serviços no pós-consumo. Quer dizer: agora o que acontece antes e depois do processo industrial faz parte deste processo e conseqüentemente e responsabilidade da empresa (e do gestor).

Isto parece um peso excessivo; mas os novos, gestores nesta Economia Circular, de feição sustentável, têm uma excelente notícia para incentivá-los: buscar a sustentabilidade socioambiental é um excelente negócio, dá lucro. Gestores de empresas estão naturalmente em focados em aumentar os lucros e crescer no mercado - e evidentemente têm de fazê-lo - mas muitos deles, por preguiça, desinformação, má vontade ou inércia, ainda imaginam justamente o contrário: pensam que adotar valores socioambientais pode tirá-los do foco e reduzir os lucros.

Gestores como esses são, digamos assim, tolinhos, porque o mercado mostra que os acionistas, os donos das empresas onde eles trabalham, estão cada vez mais interessados nisto por uma razão absolutamente racional: as ações das empresas sustentáveis se valorizam mais do que as que não o são! A prova está no retrospecto histórico de valorização de ações de e empresas listadas em bolsas como na DJS - Dow Jones Sustainability, que apresentaram valores até 5% superiores a outras, por ano, nos últimos anos. Este fato que no Brasil explica o interesse pela "fila de espera" de empresas, para participar do ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bovespa tem uma explicação absolutamente cartesiana: empresas com rnenores riscos, melhor governança e mais transparência, obviamente tem a preferência dos investidores.

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