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AGRADECIMENTOS

A publicação do livro somente foi possível graças à colaboração da Alumar, Alcoa, Ambev, BASF, Mantecorp, Rede Globo, Sabesp, Prefeitura Municipal de Poços de Caldas - e à da Klabin S.A., que gentilmente cedeu o papelão utilizado como sobrecapa desta obra. O patrocínio destas empresas permitirá que os 5.000 exemplares da primeira edição sejam distribuídos gratuitamente para a melhoria dos processos de gestão de organizações em todo o país.

Agradecemos também aos autores dos artigos publicados nesta obra, que gentilmente cederam os direitos de reprodução; André Medici, Arnaldo Jardim, Emerson Kapaz, Ricardo Rose, Celina Gil, Cristiane Iata, Priscila P. de P. e Souza, Cyro Eyer do Valle, Marco Antonio Fujihara e John Landers.

Nosso agradecimento especial ao Dr. Paulo Nogueira Neto que, mesmo assoberbado em compromissos, se dispôs a escrever a introdução deste livro, por considerar de grande relevância a difusão do práticas ambientais sustentáveis por parte de empresas, governos e organizacões não-governamentais.

Não podemos deixar de agradecer às organizações que se dispuseram a adotar este livro em seus programas de informação e capacitação, distribuindo-o para professores, disponi­bilizando-o em bibliotecas ou recomendando sua leitura para suas redes de formadores de opinião ou associados. Até o fechamento des obra, haviam formalizado sua participação: FAAP – Fundação Armando Álvares Penteado, Instituto Mauá de Tecnologia, POLI/USB UNICAMP, Faculdades ASMEC, FIPT- Fundação de Apoio IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), Instituto Hoyler, NEF - Núcleo de Estudos do Futuro da PUC-SP, SENAC-SP, SENAI, UNIB - Unversidade Ibirapuera, UNISANT'ANNA, Universidade Anhembi Morumbi, Instituto de Enge­nharia de São Paulo, Instituto Pnuma Brasil, ABESCO - Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Conservação de Energia, ABTG –Associação Brasileira de Tecnologia Grafica, ABIQUIM - Associação Brasileira da Indústria Química, ABQV - Associação Brasileira de Qualidade de Vida, CRASP - Conselho Regional de Administração de São Paulo e BRASINDOOR - Sociedade Brasileira de Meio Ambiente, Controle e Qualidade do AR de Interiores.

Agradecemos também ao Instituto IAPMEI, do Ministerio da Economia e da Inovação de Portu­gal, que permite que brasileiros conheçam a experiência portuguesa em Benchmarking e que, ao mesmo tempo, permitirá que gestores portugueses conhecam a experiencia brasileira.

Os editores

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Meu comentário:
Agradeço a cada uma das pessoas que possibilitaram a publicação do livro.
Sem empenho pessoal nada pode ser realizado.
É assim que contribuímos para o prolongamento de nossa permanência neste planeta azul.
Os exemplos mostrados neste livro não só podem, como devem servir de orientação e estímulo a ações socioambientais e principalmente para demonstrar que sustentabilidade e crescimento econômico são compatíveis.

EXEMPLOS DE AÇÃO SUSTENTÁVEL

Durante os últimos cinco anos, a Mais Projetos desenvolveu um rico trabalho de seleção de práticas empresariais que podem servir de exemplo para muitas empresas, governos e organizações. Não apenas pelo formato no qual estas ações foram desenvolvidas, mas pelo conceito que está por trás de cada uma das ações.

Algumas vezes gestores não tomam decisões em direção a práticas ambientavelmente corretas e socialmente responsáveis apenas por não se aperceberem que isto é possível. E mais, que já tem gente fazendo isto com muita qualidade e competência.

Ao selecionar os casos que receberam a qualificação de Benchmarking Ambiental, o objetivo foi justamente oferecer aos gestores públicos, privados e de organizações da sociedade civil alguns parâmetros de atuação. São ações que tem em comum sua estruturação baseada em conceitos aceitos de sustentabilidade e, também, construídas de forma a possibilitar sua replicação, seja na forma ou em conteúdo.

Muitas vezes os conceitos que dão suporte ao tema "sustentabilidade" são de tal maneira intangíveis que fica difícil para o gestor compreender ou estabelecer suas relações com as atividades do cotidiano. Este livro e os casos relatados mostram que esta relação existe e que não é tão difícil assim entender que meio ambiente e responsabilidade social são tão parte do negócio quanto a tecnologia e o capital.

Este livro é a difusão do conceito de sustentabilidade por meio do exemplo de dezenas de empresas em suas práticas cotidianas de tecnologias limpas e da geração de produtos e serviços ambientavelmente corretos e socialmente responsáveis.

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Meu comentário:
Gostaria de que a fonte utilizada no livro tivesse serifa. A leitura ficaria mais fácil e leve.
Mesmo considerando que o papel utilizado é reciclado, sinto-me de certa forma incomodado com a quantidade de pigmentos (fiapos coloridos).
Possuo vários livros publicados em papel reciclado, sem pigmentos.
Os livros foram publicados na Alemanha.
Será que não temos papel reciclado aqui no Brasil, sem tantos pigmentos?

PREFÁCIO

Por Paulo Nogueira Neto, Professor Titular Emérito -IB - USP,
Presidente da Câmara Técnica de Biodiversidade e Fauna do CONAMA

Vivemos num mundo extremamente complexo. O mundo atual está inundado por informações, o que geralmente é bom. Mas há também desinformações, divulgadas por motivos eticamente reprováveis ou por simples erros. O advento da informática cada vez mais eficiente. é importante para muita gente. Contudo, nem todos podem utilizá-la. Um livro como este terá também urna apreciável divulgação. Este trabalho se inclui no rol das iniciativas que certamente trarão benefícios à causa ambiental.

A leitura deste livro mostrará a existência de problemas ambientais sérios. Mas incitará, também bem, como estes podem ser resolvidos. É, portanto, uma visão ambiental construtiva, na verdade, muito construtiva. Basicamente, sou otimista em relação ao futuro. Os ambientalistas que forem altamente otimistas podem ser contestados pelo fato de que no mundo a atuação de todos nós freqüentemente encontra dificuldades. Por outro lado, os pessimistas geralmente não fazem nada e o resultado dessa atitude pode ser desastroso. O mundo, porém, vai para a frente graças aos que são otimistas com os pés no chão. É a atitude dos que, como os autores deste livro mostram que no planeta existem soluções práticas que nos levam adiante. Divulgar acertos e possíveis soluções é muito valioso para resolver problemas relacionados ao uso dos recursos ambientais e para melhorar as nossas condições de viga.

Parabéns à "Mais Projetos Gestão e Capacitaçào Socioambiental" e parceiros pela boa iniciativa.

EMPRESAS E O PROCESSO CIVILIZATÓRIO

Por Adalberto Wodianer Marcondes*

A cultura ocidental, que veio da Europa e colonizou as Américas, sempre teve seus vetores civilizatórios. No princípio foram as igrejas. Inicialmente a católica e depois também as igrejas protestantes, que tiveram um grande papel nos Estados anglo-saxônicos. Depois o processo passou para as mãos dos Estados Nacionais, com os processos coloniais e de formação de alianças. Centenas de guerras depois e com a maioria dos países do planeta envolvida em problemas que não consegue solucionar, como a eliminação da miséria, acesso universal à água, educação, saúde e trabalho, o mundo se vê em uma encruzilhada do processo civilizatório.

Existe uma diluição de responsabilidades e a incapacidade dos Estados em assumir mais compromissos. No entanto, cresce a importância das empresas e organizações no cenário global, como vetores de desenvolvimento e de sustentabilidade. Não uma sustentabilidade baseada nas leis, mas sim uma visão empresarial de compromisso com o desenvolvimento e com uma visão de perenidade que incorpora os conceitos de sustentabilidade em sua vertente econômica, ambiental e social.

O processo civilizatório global passou por uma verdadeira revolução na segunda metade do século XX. O primeiro evento realmente global da história da humanidade foi a Segunda Guerra Mundial, que envolveu países e povos de todos os continentes. Foi um desastre de proporções planetárias. No entanto, mudou o tamanho do mundo para sempre. As operações logísticas para abastecer as operações de guerra mostraram para as pessoas e empresas que não era tão impossível atender a mercados distantes.

Esta percepção de que os mercados estavam mais perto lançou centenas ou milhares de empresas na busca por consumidores, não importa onde eles estivessem, assim como as operações de produção também foram descentralizadas, de forma a ficar mais, próximas das fontes de matérias-primas, energia ou mão-de-obra. Milhares de empresas nasceram a partir da segunda metade do século XX e iniciaram seus caminhos rumo ao mercado global. A grande maioria das empresas que hoje tem suas operações globalizadas surgiu neste período e até o final do século XX fizeram o que todas as crianças e adolescentes fazem: cresceram e ganharam músculos.

Os mercados globais foram construídos neste período e as empresas cresceram tateando seus limites. Foi, também, um período em que os Estados criaram os marcos regulatórios locais e globais para a atividade empresarial. Foi um período de embates ideológicos onde se discutiu a fundo o papel do Estado enquanto espinha dorsal da sociedade e seus limites na gestão dos recursos. O final do século XX chegou com empresas mais maduras, com o debate ideológico, a disputa entre o comunismo e o capitalismo, esvaziado e com Estados exauridos em sua capacidade de prover as necessidades básicas de suas populações.

A herança do século XX, no entanto, foi positiva sob o ponto de vista das leis e dos compromissos com o futuro. Governos avançaram, através de instituições multilaterais, como as Nações Unidas, a Organização Mundial do Comércio e pactos globais como a Conferência Rio 92, protocolos internacionais como Kyoto, que regula a emissão de gases de efeito estufa, Montreal, que bane a utilização de gases que atinjam a camada de ozônio, Cartagena, sobre a biodiversidade e muitos outros. Os marcos regulatórios nacionais e internacionais sobre as atividades humanas e, principalmente, sobre as ações econômicas foram construídas e estão sendo aprimorados.

O novo século chega com desafios que precisam da profunda capacidade inovadora desenvolvida pela humanidade desde a revolução industrial. Esta versatilidade na abordagem de problemas que simplesmente não existiam, uma centena de anos atrás e o que move o novo padrão civilizatório que deverá levar a humanidade a superar os grandes desafios globais. Alguns com a capacidade de destruir o atual modo de vida caso não sejam equacionados de maneira competente e dentro de parâmetros estritos de sustentabilidade. É um tempo de inovações e quebras de paradigmas.

As empresas que nasceram e cresceram na final do século XX chegam agora a um momento de maturidade. Já ocuparam seus espaço e ganharam músculos. Agora, como todo adulto, buscam a perenidade. Não olham mais apenas para o balanço trimestral, mas sim para o lucro distribuído no tempo. Querem saber o que estarão fazendo dentro de 10, 20 ou 50 anos. Precisam pensar nas necessidades e desejos,de consumidores cada vez mais exigentes não apenas em relação a qualidade e preço, mas também em relação ao planeta em que vivem e ao custo ambiental e social dos produtos que consomem.

E os investidores então. Estes buscam empresas sólidas, que possam dar segurança ao capital investido, sem aventuras ou passivos. Se alguns anos atrás apenas a má gestão financeira e comercial poderia quebrar uma empresa, hoje sabemos de passivos ambientais e sociais podem deixar máculas indeléveis em marcas globais. Algumas vezes tão profundas que a empresa não pode mais continuar existindo. Um exemplo disto foi a Union Carbide, que após sofrer um grande acidente em dezembro de 1983, na cidade de Bhopal, na Índia, afetou cerca de meio milhão de pessoas e matou um número estimado em, 27 mil pessoas. A empresa, uma das maiores, senão a maior do setor na época, nunca mais se recuperou do golpe e acabou vendida para a Dow Chemical.

Muitos investigadores buscaram culpas e responsabilidades em relação ao acidente de Bhopal. Mas talvez o maior responsável tenha sido a arrogância da empresa em acreditar que tinha domínio absoluto de seus processos de produção e não adotou medidas de segurança adicionais. Mas, da tragédia também surgem lições e, hoje, empresas que prezam suas marcas e trabalham dentro de conceitos mais amplos de sustentabilidade buscam tomar este tipo de acidente uma virtual improbabilidade. Não apenas respeitando limites impostos pelas leis, mas indo além, buscando formas de ação que possam dar efetivas garantias de que a sociedade e o meio ambiente não serão mais prejudicados pela irresponsabilidade e pela ganância.

As organizações que deverão caminhar com a humanidade para um futuro com menos desigualdades e mais qualidade de vida são, necessariamente, comprometidas com o tripé da sustentabilidade em seu sentido mais amplo. Quando a .ex-primeira ministra da Noruega, Gro Brundtland, entregou seu relatório "Nosso Futuro Comum” encomendado pela Organização das Nações Unidas como parâmetro de sustentabilidade, em 1987, o que se esperava é que as empresas buscassem o lucro baseadas em critérios e leis de respeito ao meio ambiente e responsabilidade social. Trinta anos depois as empresas ainda estaã trilhando este caminho e vão fazê-lo para sempre, porque a sustentabilidade não é uma meta, mas uma trilha, um Norte a ser seguido sempre e que apresentará todo o tempo novos desafios a ser vencidos.

Durante todos estes anos as empresas estão trabalhando na descoberta e desenvolvimento de novos paradigmas que levem à atuação sustentável; um caminho que começou no simples respeito às leis. Por volta dos anos 60 do século passado acreditava-se que uma empresa socialmente responsável era aquela que gerava empregos e recolhia religiosamente seus impostos. As organizações passaram a ter, também, uma ação filantrópica, realizando doações para projetos de benemerência e caridade. Mais tarde, o conceito de responsabilidade social ganhou mais abrangência e a organização, passou a considerar-se responsável por algumas externalidades de seus processos de atuação econômica. Mas só mais recentemente o conceito de sustentabilidade empresarial começou a ganhar fôlego. Mesmo assim muitas organizações ainda se debatem na construção ou entendimento do conceito e das diferenças existentes entre filantropia, responsabilidade social e sustentabilidade.


O QUE É SUSTENTABILIDADE?

De uma forma bem simples, pode-se dizer que os conceitos de filantropia e responsabilidade social existem há milhares de anos. Aliás, os dois conceitos estão descritos na Bíblia, e a sustentabilidade vai um pouco além:

  • Filantropia: É dar peixe a quem tem fome.
  • Responsabilidade Social: É ensinar a pescar.
  • Sustentabilidade: É cuidar da qualidade da água do rio, das matas ciliares, evitar a erosão e trabalhar para que nunca falte peixe no rio.

A trilha da sustentabilidade não tem fim e precisa de pioneiros que mostrem que vale a pena investir em ser cada vez melhor e mais competente na atuação econômica baseada na sustentabilidade.


A IMPORTÂNCIA DO BENCHMAIS

Quando empresas, governos e organizações não-governamentais trabalham para encontrar soluções para desafios ambientais e sociais investindo recursos materiais e humanos nesta direção, estão trilhando o caminho da sustentabilidade. Por isto é importante destacar estas organizações, pois elas estão construindo as estradas por onde deverão trafegar todas as outras empresas e governos na busca por mais qualidade de vida, melhor desempenho econômico e menor impacto ambiental em suas ações.

O dinheiro investido pela empresas que estão presentes neste livro, em pesquisas e desenvolvimentos das ações que as colocaram entre as melhores do Programa Benchmarking Ambiental Brasileiro, é um recurso que vai alavancar uma transformação social e empresarial de alcance muito maior do que apenas o processo de resolver um problema local em suas unidades ou regional em suas cidades. Este conhecimento, perenizado em livro e distribuído para universidades, assume um papel civilizatório, uma vez que os novos gestores terão conhecimento das técnicas e procedimentos desenvolvidos, podendo replicá-los da busca de soluções para outros e novos desafios socioambientais do presente e do futuro.

Disseminar conhecimento e formar profissionais mais completos é, sem dúvida, uma contribuição de valor para a construção do futuro.

* O autor é diretor da Revista Digital Envolverde, publicação especializada em Meio Ambiente, Educação e Sustentabilidade, recebeu em 2006 o Prêmio Ethos de Jornalismo na categoria Mídia Digital, menção honrosa no Prêmio von Martius de Sustentabilidade da Câmara Alemã e "Jornalista Amigo da Criança pela Agência Nacional dos Direitos da Infância. Desde 1995 edita no Brasil o Projeto Terramérica, realizado em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e com a Agência Internacional de Notícias Inter Press Service. É moderador da Rede Brasileira de Jornalistas Ambientais e Coordenador Geral da EcoMídias – Associação Brasileira de Mídias Ambientais.

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Meu comentário:
Texto de excelente qualidade. Além de dar um dos melhores resumos dos caminhos de crescimento da sustentabilidade, deixa clara a intenção de disseminação do conhecimento como mecanismo de evolução.

AS VANTAGENS DO BENCHMARKING SOCIOAMBIENTAL

Por Marilena Lino de Almeida Lavorato, Diretora da Mais Projetos, coordenadora do Programa Benchmarking Ambiental Brasileiro e co-editora da edição impressa do livro

Durante o período da chamada Revolução Industrial não havia preocupação com a questão ambiental. Os recursos naturais eram abundantes e a poluição não era foco da atenção da sociedade industrial e intelectual da época. Hoje a realidade é outra. Estamos avançando sobre os estoques naturais da Terra.

Uma nova postura se fez necessária e uma relação mais estreita foi estabelecida pelos limites dos sistemas (social, natural e econômico). Como resultado desta preocupação, tivemos na empresa o surgimento das práticas gerenciais voltadas as questões socioambientais, visto que meio ambiente, sociedade e economia estão fatalmente interligados. Dentro do contexto gerencial, surgiu a ferramenta Benchmarking, um processo sistemático e continuo para avaliar produtos, serviços e processos das organizações que são reconhecidas como representantes das melhores práticas com o propósito de realizar melhorias organizacionais. Trata-se de uma identificação dos melhores modelos de gestão (é o que o Programa Benchmarking Ambiental Brasileiro faz ao selecionar e apresentar os melhores casos da gestão socioambiental do país) e, a partir daí, por meio de comparações de performances e métodos, proporcionar o nivelamento técnico gerencial desta área corporativa.


MELHORIA CONTÍNUA

Empresas inteligentes estão passando para o Benchmarking de ciclo rápido. "Ele é hoje um processo mais rápido e flexível para as empresas que desejam aumentar seus conhecimentos e tornar a administração bem sucedida", diz o professor David Garvin, responsável pelo programa de Estratégias de Gestão da Harvard Business School.

"Por que reinventar soluções competitivas já existentes, investindo tempo e dinheiro? É mais racional, partir do já existente para desenvolvimento e/ou adaptações". Segundo o Prof. D. Enrique de la Rica, Diretor da Escuela Europea de Estudios Universitarios y de, Negocios (ESEUNE, Neguri, Getxo - Bizkaia - España), processos de melhoria continua sem prática de Benchmark conseguem em torno de 7% de melhoria em suas ações. Já com a inclusão da prática conseguem encontrar fórmulas que representam até 300% de melhoria.

A conjugação de melhor desempenho com maior competitividade só é possível com mudanças tecnológicas e gerenciais. Daí a importância da adoção do Benchmarking para a melhoria contínua das práticas adotadas para a sustentabilidade fundamentada no tripé das atitudes ambientalmente corretas, socialmente justas e economicamente viáveis (TBL - Triple Botton Line). Tomando por base este fundamento, concluímos que, enquanto o pilar econômico é condição básica para o surgimento das empresas, os pilares social e ambiental são, responsáveis pela sua perenidade e crescimento. A gestão responsável e competitiva é cada vez mais exigida pela sociedade e o binômio responsabildade-competitividade configura-se como ações complementares e não-excludentes.

O Benchmarking Socioambiental tem demonstrado ser uma excelente prática gerencial por queimar etapas e acelerar o desenvolvimento técnico-gerencial. Trata-se de ferramenta de gestão que cresce a cada dia nas empresas porque tem a melhor relação custo X benefício em se tratando da melhoria contínua por meio do compartilhamento de soluções inovadoras.

Neste livro, descrevemos as experiências e resultados do Programa Benchmarking Ambiental Brasileiro, uma iniciativa única que proporciona ambiente ideal às empresas sustentáveis, aquelas que são praticantes e promotoras das boas práticas, gerenciais no meio corporativo. No Programa Benchmarking, as empresas podem "compartilhar" suas práticas de excelência num ambiente legítimo e transparente provando ser sustentável, pois praticam à risca a máxima "adotantes e promotoras" do desenvolvimento sustentável.

O mais importante no Programa BenchMais é que os benefícios são para toda a sociedade. Com o amadurecimento e aperfeiçoamento das empresas e gestores, teremos como resultado, benefícios para o meio ambiente natural e para as comunidades e conseqüente competitividade para as organizações e a economia do país. Todos ganham e a construção de uma sociedade sustentável se torna mais próxima e factível para a nossa realidade.

O Programa Benchmarking Ambiental Brasileiro é uma iniciativa independente e supra-representativo — não pertence a uma entidade específica e sim congrega as mais significativas em sua comissão técnica e no grupo de apoiadores. Com uma metodologia própria e exclusiva, seleciona e compartilha as melhores práticas gerenciais - casos - adotadas por empresas e instituições com potencial de replicabilidade A comissão técnica avalia única e exclusivamente a qualidade gerencial da prática adotada, já que não tem acesso ao nome da instituição adotante. Desta forma, está totalmente isenta de influências e exclusivamente focada no conteúdo do caso.